terça-feira, 4 de julho de 2017

Entrevista rádio

 Santiago de Guimarães, sobre incêndios e emprego de meios aéreos


https://www.youtube.com/watch?v=Nwt8yRkRrE4&feature=share

3 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Tenente Coronel Brandão Ferreira

Considero simplesmente notável esta sua entrevista.
Ela devia ser impressa, para que conste!
Para que não se perca no éter das ondas hertezianas.
Para que aqueles que têm a obrigação distinta de ouvir a voz de quem sabe, possam ter a noção da realidade nacional.
Mesmo que isto não seja suficiente, pois com os tristes factos com que sucessivamente somos confrontados, parece-me que Portugal continua a não aprender com os próprios erros:

Parece que nem os governantes se capacitam do que é necessário fazer nem os governados se manifestam reclamando, exigindo e na medida do possível ajudando a encontrar as soluções mais adequadas e convenientes.

Ficamos todos muito mal na fotografia!

Ainda acerca da calamidade dos incêndios florestais junto, se me permite, algumas perguntas que escrevi noutro Blogue e que considero pertinentes:

“Mais vale prevenir que remediar” diz o nosso Povo.
Mas:

1- A limpeza do arvoredo: quanto custa e onde está a mão-de-obra disponível para a fazer atempadamente? Estão os Proprietários em condições de poder pagar sucessivas limpezas sem terem o retorno dos custos envolvidos?

2 – Muitos dos actuais Proprietários desconhecem a localização das extremas dos seus terrenos que só conhecem através dos registos e do pagamento anual do IMI.
Quem é que lhes vai dizer a localização dos mesmos?

3 – A compra das madeiras está entregue a pessoas idóneas, devidamente registadas e sujeitas a cumprir regras e preços superiormente estabelecidos?

4 – Depois de cortadas as árvores, que fazer com as ramas e pontas sobrantes que ficam sobre os terrenos? Quem os pode consumir? E os matos que naturalmente aí nasçam e sejam removidos durante as eventuais operações de limpeza, para onde se podem mandar?

5 – São suficientes e estão devidamente abertos e transitáveis os caminhos que permitam aos Bombeiros fazer o seu trabalho em caso de sinistro?

6 – Estão minimamente instruídos para as regras de Segurança, os moradores que ainda resistem viver nas suas aldeias onde têm os seus bens?

7 – Onde está uma massa crítica mínima de população que deveria estar nas zonas do interior do nosso País caso tivessem condições mínimas de aí levarem uma vida decente e confortável?

8 – As Autarquias fazem tudo o que é possível para ordenar o seu território? Dão bom exemplo e ajudam o Proprietário a melhorar as condições dos seus terrenos no sentido de evitar sinistros graves?

9 – O Estado Português tem todos os meios de Segurança Nacionais activos TODO o Ano? E dá bom exemplo nos terrenos que lhe pertencem e administra?

10 – Guardas Florestais, Cantoneiros das Estradas, Guarda -rios e Resineiros, do tempo do Estado Novo, homens que conheciam o Território melhor que as palmas das suas mãos, vigiavam o território e apoiavam os Proprietários, o que lhes fizeram? Onde estão?

11 – As Indústrias relacionadas de alguma forma com a Madeira estão bem distribuídas nos territórios que a produzem? São suficientes?

Não me adianto mais, choro a morte de meus compatriotas que faleceram ingloriamente, lamento o prejuízo material de muitos e temo que no rescaldo de tudo isto se atribua a culpa e a responsabilidade a um raio que caiu sobre um pinheiro.

Anónimo disse...

Sr Tenente Coronel Brandão Ferreira

Se me permite acrescento ao meu comentário anterior:

Quem é que não conhece os dispositivos eólicos (vulgo ventoínhas), às centenas espalhadas pelos cumes do interior de Portugal?

Pergunto:

São ou não favoráveis, aos produtores de energia de origem eólica, as encostas nuas que rodeiam as ditas "ventoínhas"?

É que me constou que o vento ao circular de encontro às encostas com mato ou arvoredo, perde muito da sua energia e isso reflecte-se no rendimento das máquinas, isto é no número de kilowatts que elas podem produzir.

Outra pergunta:

Quantas “ventoínhas” vão ser acrescentadas, nos cumes das serras, depois destes pavorosos incêndios, tão depressa os ditos cumes fiquem livres do manto vegetal ora ardido?

Tenho também em conta o seguinte texto bastante elucidativo:

https://ionline.sapo.pt/567751?source=social

Meus cumprimentos

Manuel A.

Francisco Ferreira disse...

"Considero simplesmente notável esta sua entrevista.
Ela devia ser impressa, para que conste!"
Subscrevo.

Sobre o assunto se me permite transcrevo o email enviado em 1/11/2016 ao I.C.da Natureza e das Florestas,IP:

"... venho pedir a fiscalização da implantação recente (Abril/Maio do corrente ano de um eucaliptal .... que segundo creio contraria a lei pois parte não está à distância devida de uma linha de água (mina) havendo até árvores sobre a mesma...."

Com data de 25/11/16 recebi :

"Em relação ao exposto temos a informar que a legislação que obrigava as plantações de eucaliptos a um distancia de 30 metros de nascentes, de prédios urbanos, e outros, não referindo poços (Decreto-Lei nº 28039, de 14 de Setembro de 1937) foi revogada pela entrada em vigor de Decreto-Lei nº 96/2013 de 19 de Julho..................Desconhece-se atualmente qualquer regulamentação que proíba a ...."

O Decreto de 1937 que regulamentava a plantação de espécies de crescimento rápido era subscrito entre outros por A.O.Fragoso Carmona, A.Oliveira Salazar e R.S.Neves Duque (Ministro da Agricultura).

O Decreto-Lei nº 96/2013, de 19 de Julho que revoga entre outros o Decreto de 1937 acima citado é do governo em que era 1º ministro P.Passos Coelho e Assunção Cristas Ministra da Agricultura..

Concluindo, um, antigo, condiciona a plantação de espécies de crescimento rápido, outro liberaliza as mesmas com as consequências nefastas que daí advém.

P.S.: Este ano entre outras espécies também transplantei alguns eucaliptos.
Francisco Ferreira
Guimarães.